A Chris é da era moderna motociclista e até automobilistica.
Não conviveu com "afogadores", "dar tranco", "esquentar o motor", e por isso sofreu um pouco com a Falcon. Moto robusta, carburada, tinha que puxar o tal "afogador".... "mas por que tenho que puxar isso pra ligar a moto André?" ela me perguntava...
Decidimos então por bem, trocar a moto por uma moto mais
High Tech, que fazia "tudo sozinha". Quando ligava cedo ela mesmo tratava de acelerar, compensar a temperatura do motor, calcular e regular a mistura de combustível e ar, enfim, uma moto mais inteligente!!!
Tudo bem, fazia sentido, por que a Chris é uma das pessoas que conheço que gosta muito de tecnologia, dos computadores e
softwares, das roupas inteligentes, enfim, ela merecia, tinha certeza que ia se dar muito melhor com uma moto "injetada", como era a Lander.
Fomos atrás então da Rosinha de número 3. Como disse, a Falcon cinza eu mesmo comprei e usei bastante, então nos bastava pegar o dinnheiro e achar o melhor negócio. Pesquisando o mercado da época, decidimos por procurar uma XRE 300, moto que havia "entrado no lugar" da Falcon e da Tornado e tinha todos os atributos que interessava à Chris.
Compramos no dia 28 de outubro de 2009 então, uma XRE zero km, na Honda Faria, agência aqui de Rio Preto, pretinha, linda de morrer!!!
Não sei se devo contar isso, mas vamos lá: eu fui pegar a moto na agência para emplacar. Cheguei, subi nela, dei a partida e fui para o posto de emplacamento. Instalamos a placa e, quando fui dar a partida, ela não pegava.... após várias tentativas, e minha percepção de que poderia ser falta de combustível, ela finalmente pegou e fui direto à um posto para completar o tanque com a melhor gasolina que existe. Completei e não conseguia dar a partida!!! Imaginem o nervoso! Nem avisei ela disso!
Fui direto ao meu amigo e mecânico Eduardo para trocar uma ideia com ele. Ela pegava, mas somente com o acelerador todo "aberto". Seguro e precavido que é, o Eduardo me mandou voltar com a moto na agência para ver o que acontecia. Bom, a partir dai foi um problema após o outro! Eles arrumavam, eu chegava lá pra pegar e ela estava igual, umas 3 vezes seguidas, até que ameacei devolver ela, dai deram um jeito. Quando perguntei ao mecânico qual foi o problema, ele me disse, pasmem: "Olha, nem saberia te dizer, coloquei uma zero km ao lado e fui trocando todas as peças até que ela funcionou corretamente....", imaginem o quanto eu fiquei seguro com a moto!
Mas se tratava de uma moto nova, com garantia da montadora que mais comercializa motos no Brasil, e assim fiquei mais tranquilo! Voltarei nesse caso jajá!
Bom, após muito tempo de agonia, levamos a XRE para Campinas para que ala pudesse passar por todo o processo de "rosificação" e adaptação com a dona! Como sempre, fizemos muitos testes de faixas, cores e onde as colocar na moto, até que a Chris chegou nesse
lay-out:
Uau, tenho que dizer que essa tinha ficado muito legal! Olha ela aqui, assim que acabaram de adesivar, no dia 12 de novembro, lindíssima:
A moto era tudo o que a Chris havia pedido a Deus! Linda, moderna, confortável, potente, ela estava bastante satisfeita! Um único problema era o temperamento da motocicleta: as vezes ela demorava a pegar!!! Aquele mesmo caso que vou voltar ainda algumas vezes!
Fizemos grandes passeios com ela!
Chapada Diamantina-BA:
olha a Rosinha II ali ao lado! Agora era moto de menino, sem rosa!
olha ela ali, sem se intimidar com as amigas maiores!
Bonito-MS:
Carrancas e Estrada Real-MG:
Balneário Camboriú-SC e Serra da Graciosa-PR:
A Rosinha estava de apoio para a camera nesse momento!
Enfim, vários lugares, até que decidimos fazer uma viagem grande, que seria em Novembro de 2010.
Começamos então a fazer um
up-grade na Rosinha III; compramos para brisa, protetores de motor e carter, e ainda coloquei uma daquelas fitinhas de roda, na cor "super rosa". O vendedor que me atendeu quando fui comprar ela não entendeu muito, mas.... como agente evita explicar tudo pra todos, deixe ele pensar o que quiser, hehehehe!
Aconteceu um caso legal no meio dessa história com a Rosinha III: quando eu estava no Salão da Motocicleta em SP expondo os produtos que fabrico, acabei por fazer uma pequena exposição de fotos no nosso Stand, com o intuito de mostrar como fazemos as viagens e os testes dos mesmos. Em várias fotos, lógico, aparecia a Chris e "as" Rosinhas. Em um dos dias, apareceu uma pessoa, o Fabiano de Campinas também, que me perguntou: "Essa moto da foto é de quem?" mostrando a Rosinha III, e eu disse "É da minha mulher, a Chris", e então ele me falou "Eu tenho algumas fotos que tirei de vocês na estrada, no dia
tal, em
tal hora, vocês não estavam passando em
tal lugar?", e eu falei que era muito provável. Ele então ficou de me enviar as fotos, que eram nossas mesmo e, como só no motociclismo isso pode acontecer, viramos amigos, trocamos sempre emails, e espero um dia poder tirar fotos dele também e da Luciana, sua esposa, que são fanáticos por moto-turismo! Valeu novamente Fabiano!
Imaginem como foi legal essa coincidência!
Bom, voltando ao caso da "personalidade fortíssima" da motocicleta, após a revisão dos 8 mil, ela resolveu não parar mais de dar problemas. Foi um atrás do outro, até que um dia o gerente de serviço da Honda de Campinas onde a revisávamos, chegou pra nós e disse que eles teriam que trocar o cabeçote da moto!!! Nossa, assustei demais com isso, pois era uma peça importante, e não um sensor ou algo mais
light, como foi das outras vezes!! Tudo bem, "pode trocar"! Levaram 30 dias para entregar a peça na agência e trocaram. No mesmo dia (iríamos viajar no final de semana), uma quinta feira, a Chris me liga e fala "André, a moto morreu no meio da rua e não consigo dar partida nela....", putz, que
brochante que foi isso!!!! Mas me ligou novamente em seguida dizendo que havia conseguido e que estava indo pra casa!
Fui pra Campinas, com a esperança vã que iríamos viajar e, quando cheguei, antes de subir para o apartamento, dei uma partida na moto, e ela pegou! Desliguei e ai ela já não pegou mais! Putz, brochante duplo, triplo, triplo ao cubo!!!!!!
No dia seguinte, na agência, nem os mecânicos entendiam o que havia acontecido! Muito solícitos sempre, muito atenciosos, mas não sabiam! A viagem daquele fim de semana já era!
Na segunda eles ligam da agência falando que a moto estava pronta! "Foi só a bomba de combustível!" disse o gerente de serviços!!! Só???? Depois de tudo isso???? Fomos lá e quando fui dar partida na moto, ela não pegou de novo, imaginem? Era possível isso estar acontecendo? Acabou a bateria de tanta partida!
Falei então pro gerente: "amigo, faça a moto pegar por favor que vamos vendê-la, e se possível, compre-a vocês mesmo, ou me arrumem urgente um comprador, pois vamos sair de viagem daqui há 1 mês!" E era a verdade mesmo! Relatei isso em
outro blog nosso sobre a viagem que fizemos para Ushuaia!
Bye bye Rosinha III! Nem deu tempo de instalar os protetores de motor e carter. Demos a sorte de ter uma "alma boa" que comprou ela, lógico que funcionando e garantido pela agência, perdemos algum dinheiro, mas voltávamos a ter esperança de ter uma nova moto, confiável, não indestrutível, mas que não daria esses problemas todos.
Vale comentar também, sem falar especificamente da agência que nos vendeu, penso que isso é o excesso de vendas (no momento) e a falta de consciência do uso que terá a moto: A moto foi montada da mesma forma que uma criança de 5 anos monta um
lego! Tudo que tinha pra soltar, soltou! Desde o terminal de bateria, totalmente frouxo, que quase ocasionou um problema maior com as faiscas que soltou em uma das viagens, até o escapamento, todo solto, chegando a perder o parafuso que o segurava, o qual foi substituido por um parafuso de cadeira, que era o que tinha por perto, onde estávamos, na ocasião!
Aliás, a moto foi vendida com o parafuso de cadeira segurando o escapamento, sabem por que? por que a agência, todas, não tinham o parafuso para repor.... hehehehehe, um parafuso, acreditam?
Bom, finalizando, a moto é sensacional, quando anda!
Vendida, dinheiro na mão, vamos então atrás da próxima Rosinha, com muita calma, serenidade, esperança e bom senso, hehehehe, valeu a experiência, "foi para o currículo" como costumo dizer pra Chris!!!!